«O nosso compromisso é disponibilizar soluções tecnológicas inovadoras e seguras para a produção de alimentos»

«O nosso compromisso é disponibilizar soluções tecnológicas inovadoras e seguras para a produção de alimentos»

Felisbela Torres de Campos, Regulatory & Corporate Affairs Lead for Portugal
Felisbela Torres de Campos, Regulatory & Corporate Affairs Lead for Portugal

Felisbela Torres de Campos, Regulatory & Corporate Affairs Lead for Portugal, fala de prioridades e desafios para a Syngenta e para a agricultura portuguesa.

Quais as funções que desempenha atualmente na Syngenta?

Assumi em Agosto de 2017 o cargo de Regulatory & Corporate Affairs Lead for Portugal, com responsabilidades no processo de homologação dos produtos e nas relações corporativas da empresa com associações de agricultores, entidades oficiais e influenciadores da esfera agrícola e política portuguesa. Uma das minhas competências é garantir a boa execução do projeto The Good Growth Plan em Portugal, um compromisso global assumido pela Syngenta com o nosso planeta, para tornar as culturas agrícolas mais eficientes, respeitando o ambiente e as pessoas.

A sua experiência profissional anterior é importante para o cargo atual?

Ingressei na Syngenta em Setembro de 2003 e, desde então, assumi diversas funções nas áreas comercial e de Marketing, tanto no negócio de proteção das plantas como de sementes, sempre bastante ligada às culturas dos cereais, em especial milho e girassol. Entre 2012 e 2017, com responsabilidades a nível ibérico e trabalhando desde Madrid, tive contato com o mercado espanhol bastante maior que o mercado Português, um mercado extremamente dinâmico e exigente, dada a sua grande diversidade de culturas e pelo facto de Espanha estar dividida em regiões autónomas. Este percurso de 14 anos na Syngenta permite-me ter uma ampla visão do negócio da empresa e uma rede de contatos na fileira agrícola que me ajudam na tomada de decisões diárias, nomeadamente no trabalho conjunto com as entidades oficiais para disponibilizar novas tecnologias aos agricultores e promover o uso seguro dos produtos fitofarmacêuticos.

Que prioridades definiu no seu trabalho para o curto e médio prazo?

A minha prioridade é defender as ferramentas que atualmente estão disponíveis para o agricultor, mas em risco de serem excluídas do mercado, impossibilitando os nossos agricultores de serem competitivos num mercado cada vez mais globalizado. O meu compromisso como colaboradora da Syngenta é poder disponibilizar ao mercado soluções tecnológicas cada vez mais inovadoras para a produção de alimentos, assumindo a responsabilidade de contribuir para o desenvolvimento da atividade agrícola nacional e, ao mesmo tempo, satisfazendo as exigências dos consumidores no que respeita à segurança, qualidade e diversidade de alimentos, acessíveis a todos, otimizando e protegendo os recursos naturais.

A cedência de parte do portfólio que a Syngenta terá de fazer à Adama, no âmbito do processo de compra da empresa pela ChemChina, terá impacto no mercado português?

Não, porque os produtos continuam a estar disponíveis no mercado português. Por outro lado, graças ao enorme investimento que a Syngenta realiza em I&D, prevemos lançar produtos de nova geração para controlo de pragas, doenças e infestantes no mercado, a curto e médio prazo. Acelerar a chegada destes novos produtos ao mercado é uma prioridade para a Syngenta, ficando o agricultor a ganhar duplamente, porque dispõe de mais soluções e mais modernas, direcionadas às novas necessidades do mercado.

Quais os principais desafios para a agricultura nacional nos próximos anos? Como pode a Syngenta ajudar a superá-los?

Um dos desafios transversais à agricultura europeia é comunicar o papel fundamental da agricultura na Sociedade. A imagem do setor melhorou muito nos últimos anos, mas devemos persistir e insistir com comunicação dirigida aos consumidores, que cada vez mais exigem à indústria uma maior transparência. A economia portuguesa cresceu nos últimos anos e deve-o, em parte, ao contributo das exportações agroalimentares (cortiça, vinho, azeite, hortícolas, tomate de indústria, azeite, carne, etc), mas há áreas nas quais estamos mais fragilizados e em que é necessário fazer uma aposta estratégica. É o caso dos cereais, cuja produção atingiu mínimos históricos. Não conseguiremos ser auto-suficientes em cereais, mas podemos retomar e reforçar a nossa produção. A Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais, que está a ser preparada pelo Governo, em conjunto com as associações de agricultores, é um passo na direção certa. E a Syngenta, como um dos principais players do mercado, tem um contributo fundamental a dar para aumentar a competitividade e a sustentabilidade do setor dos cereais.

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