Agricultura sustentável: Empreendedorismo e inovação na agricultura
A realidade dos desertos alimentares pode parecer algo impossível para alguém que viva num país considerado desenvolvido, no entanto são cada vez mais comuns, mesmo em países como os EUA.
Uma história que veio dar a conhecer ao mundo a realidade dos desertos alimentares em países desenvolvidos foi a de um agricultor norte-americano que ao saber da situação de um colega do seu filho, cuja família passava por muitas dificuldades tendo que recorrer a instituições de apoio social para conseguir alimentos, decidiu dedicar-se ao abastecimento da sua comunidade.
Os desertos alimentares, que geralmente só afectavam as zonas urbanas, passaram também a ser uma realidade das zonas rurais. Esta realidade tem um paralelo com Portugal e afecta sobretudo as populações mais idosas dos meios rurais que têm uma capacidade reduzida de aceder a alimentos e já não têm energia nem força para os produzirem.
A maioria dos pobres do mundo vive em áreas rurais onde a fome e insegurança alimentar são, acima de tudo, expressões da pobreza rural, que continua a ser generalizada, especialmente no Sul da Ásia e em África. Estas regiões são também aquelas que fizeram menos progressos na melhoria da vida rural.
A ONU definiu em setembro de 2015 um plano de acção para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Agricultura com Sustentabilidade Ambiental
Existem várias definições de agricultura sustentável, no entanto, podemos defini-la como a agricultura que procura produzir alimentos ou recursos tendo em conta a conservação do meio ambiente, o bem da sociedade e a rentabilidade economiamente. A agricultura sustentável é regida por vários princípios como:
– Fixação biológica de nitrogénio, afim de diminuir a quantidade de adubos químicos.
– Uso de técnicas que visam a sustentabilidade ambiental.
– Criação e uso de sistemas de captação de águas, de forma a reaproveitar as águas das chuvas para a irrigação dos campos.
– Adopção de práticas de gestão ambiental e territorial, onde são efectuados estudos para cada prática agrícola consoante as áreas e climas.
The Good Growth Plan
Com o mote “Um país. Seis compromissos” o The Good Growth Plan é o compromisso da Syngenta de realizar uma contribuição mensurável até 2020, pondo em prática os objectivos de desenvolvimento sustentável traçados pela ONU até 2030. Para tal foram estabelecidos seis objectivos específicos.
1. Tornar as culturas mais eficientes
Com o objectivo de aumentar a produtividade das principais culturas agrícolas em 20%, este compromisso consiste numa maior sustentabilidade ambiental, cultivando sem usar mais terra, água e outros recursos.
2. Recuperar mais terras cultiváveis
Melhorar a fertilidade de 10 milhões de hectares de terras cultiváveis à beira da degradação.
3. Capacitar pequenos agricultores
Este compromisso é particularmente importante, uma vez que 80% dos alimentos produzidos no mundo provêm de pequenas explorações agrícolas e que 3 mil milhões de pessoas dependem da pequena agricultura. A Syngenta com este compromisso tem como principal objectivo aumentar a biodiversidade de 5 milhões de hectares de terras cultiváveis.
4. Promover a segurança das pessoas
Com objectivo de treinar 20 milhões de pequenos trabalhadores para uso seguro dos produtos fitofarmacêuticos, este compromisso irá possibilitar um aumentem de cerca de 50% na sua produtividade.
5. Cuidar de cada trabalhador
Garantir condições justas de trabalho em toda a cadeia de fornecedores da Syngenta é a meta deste compromisso. A Syngenta está a trabalhar com cerca de 30.000 trabalhadores envolvidos na produção de sementes das marcas que representa.
6. Aumentar a biodiversidade
Com este compromisso a Syngenta tem como principal objectivo melhorar a biodiversidade em 5 milhões de hectares de terras cultiváveis até 2020.
O projecto The Good Growth Plan tem como principal objectivo dar respostas a alguns dos grandes desafios da sociedade: alimentar a população mundial que tende a aumentar, combater a pobreza em zonas rurais e preservar os solos e meio ambiente. O projecto tem como meta promover a biodiversidade em cincos milhões de hectares.
A Syngenta tem vindo a criar sistemas que, a médio/longo prazo, permitirão suportar os agricultores no desenvolvimento de uma agricultura sustentável, viável do ponto de vista económico e alinhada com a Directiva Quadro do Uso sustentável.
Em Portugal, o cariz inovador e empreendedor do The Good Growth Plan permitiu que a Syngenta desenvolvesse projectos em diferentes áreas como:
– Promoção do aumento de insectos polinizadores (OperationPollinator).
– Sistema de tratamento de efluentes fitossanitários por desidratação natural (Héliosec).
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