Como maximizar a rentabilidade do olival
Numa conjuntura em que o preço do azeite não está ao nível que todos desejaríamos, com muitas empresas no limite da rentabilidade, é oportuno refletir sobre como podemos melhorar a nossa atividade para obter mais toneladas por hectare com menos custos.
Numa conjuntura em que o preço do azeite não está ao nível que todos desejaríamos, com muitas empresas no limite da rentabilidade, é oportuno refletir sobre como podemos melhorar a nossa atividade para obter mais toneladas por hectare com menos custos.
Que fatores devemos ter em conta para aumentar a produção?
Em primeiro lugar, falemos do estado fitossanitário do olival. Esta cultura é afetada por vários problemas biológicos: pragas, doenças, concorrência das infestantes, etc.
Por esta simples razão, uma boa gestão das pragas e doenças, ou seja, manter as oliveiras sãs, é o primeiro passo para garantir uma boa colheita.
Na gestão das infestantes é um facto que temos cada vez mais espécies difíceis de controlar. Isto obriga-nos a estar mais atentos e, sobretudo, a selecionar com cuidado redobrado os herbicidas mais adequados para cada situação.
Temos ao nosso alcance ferramentas para saber o estado nutricional do olival, como por exemplo as análises foliares. Estas devem ser feitas no mês de Junho.
Também há que ter em conta que alguns nutrientes, como o potássio, são muito importantes para o olival. Este nutriente encontra-se no solo, mas é bloqueado pelo calcário, impedindo as árvores de o absorver. Recomenda-se a aplicação deste nutriente sempre por via foliar. As folhas têm uma excelente capacidade de absorção do potássio.
A paisagem do olival sofreu alterações nos últimos anos, há mais plantações intensivas e super-intensivas, onde a colheita mecanizada é uma forma de baixar os custos de produção. Esta forma de condução do olival implica uma mudança na gestão da cultura a todos os níveis: controlo de doenças, nutrição, rega, poda e colheita. É preciso ser muito eficiente para obter um bom equilíbrio do olival e conseguir produções regulares ano após ano.
Por último, abordemos a questão da água, que pode ser um fator limitante na produção de azeitona. Não é novidade que a rega tem um papel extremamente importante. Há explorações que dispõe apenas de rega de apoio na época de Verão e outras que conseguem regar durante todo o período vegetativo do olival. Em qualquer dos casos, a gestão da rega é vital e há hoje muitas ferramentas para gerir a rega de forma mais eficiente, como tensiómetros, sondas de controlo de humidade, etc. As imagens de satélite ou captadas com drones permitem conhecer o estado geral dos nossos olivais e podem ajudar a intervir nos locais da parcela onde os parâmetros de vigor do olival estão abaixo da média.
A paisagem do olival sofreu alterações nos últimos anos, há mais plantações intensivas e super-intensivas, onde a colheita mecanizada é uma forma de baixar os custos de produção. Esta forma de condução do olival implica uma mudança na gestão da cultura a todos os níveis: controlo de doenças, nutrição, rega, poda e colheita. É preciso ser muito eficiente para obter um bom equilíbrio do olival e conseguir produções regulares ano após ano.
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